Pergunta Simples Podcast Por Jorge Correia arte de portada

Pergunta Simples

Pergunta Simples

De: Jorge Correia
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Acerca de esta escucha

O Pergunta Simples é um podcast sobre comunicação. Sobre os dilemas da comunicação. Subscreva gratuitamente e ouça no seu telemóvel de forma automática: https://perguntasimples.com/subscrever/ Para todos os que querem aprender a comunicar melhor. Para si que quer aprender algo mais sobre quem pratica bem a arte de comunicar. Ouço pessoas falar do nosso mundo. De sociedade, política, economia, saúde e educação.Copyright 2020 Todos os direitos reservados Ciencia Ciencias Sociales Desarrollo Personal Política y Gobierno Éxito Personal
Episodios
  • Qual é o sentido da vida? António Castro Caeiro
    Jul 2 2025
    Perguntar, perguntar, perguntar. Passar a vida a fazer perguntas. Passar todo o tempo do mundo em busca de respostas. Perguntas das mais difíceis. Respostas que podem nem chegar. É a vida dos filósofos. E decidi convidar um dos melhores. Eu faço perguntas. António Castro Caeiro traz respostas. Vivemos num tempo acelerado, de respostas rápidas, notificações constantes e poucas pausas para pensar. A informação chega em excesso, a comunicação tornou-se instantânea e, muitas vezes, vazia. Perguntar parece ter-se tornado um ato quase subversivo. Questionar o mundo, o tempo, a vida, até a nós próprios, pode soar estranho, deslocado ou até incómodo. Mas talvez seja justamente esse desconforto que precisamos de recuperar. É nesse gesto simples e revolucionário — o de fazer perguntas — que entra a filosofia. Neste episódio do Pergunta Simples, falamos com António Castro Caeiro. É professor universitário, tradutor, ensaísta e uma das vozes mais singulares da filosofia contemporânea em Portugal. Mas mais do que títulos, Caeiro é alguém que pensa o mundo com palavras, com o corpo e com uma atenção rara às perguntas certas. Convida-nos a desacelerar, a escutar, a habitar o tempo e a linguagem com mais cuidado. Nesta conversa, há espaço para dúvidas sem fim, para silêncios reveladores e para a beleza difícil das ideias que resistem à simplificação. Ao longo da conversa, exploramos o papel essencial da pergunta. O que é uma boa pergunta? Por que nos incomodam as perguntas que não têm resposta imediata? Porque é que, muitas vezes, evitamos perguntar — como se a dúvida nos fragilizasse? Para Caeiro, a pergunta é mais do que uma forma de obter informação. É um exercício de atenção, uma forma de estar no mundo. Perguntar bem é escutar com rigor, pensar com tempo e resistir à facilidade de respostas prontas. Vivemos, como diz, entre o espanto e a dúvida — duas formas de nos abrirmos ao desconhecido, ao imprevisto, ao que escapa às fórmulas. Mas este episódio vai muito para além das perguntas. Falamos de emoções, sentimentos e corpo. Num tempo em que nos pedem performance constante — em que se valoriza a eficiência, a imagem e a exposição — é urgente recuperar a dimensão sensível da existência. António Castro Caeiro defende que as emoções não são um desvio do pensamento, mas parte do próprio acto de pensar. Sentir é também uma forma de compreender. E o corpo — tantas vezes visto como mero suporte — é, na verdade, um centro de inteligência e perceção. Nesta conversa, revisitamos o espanto original com que olhámos o mundo pela primeira vez: o primeiro mergulho no mar, o primeiro amor, o primeiro espanto perante uma paisagem. A vida, diz-nos, vai-nos calejando — e cabe-nos, através da filosofia, da arte ou da contemplação, reencontrar esse olhar inaugural. É esse o desafio: não viver em modo automático, mas reativar a atenção, a curiosidade, a capacidade de nos maravilharmos. Também há tempo para refletir sobre o tédio — esse vazio que tantas vezes evitamos a todo o custo. Vivemos rodeados de ocupações, estímulos, distrações. Mas talvez o tédio, se escutado com atenção, seja um convite à criação, à escuta interior, ao reencontro com o essencial. Talvez seja no silêncio, na pausa, no vagar, que se abra espaço para a filosofia. Não ignoramos os temas contemporâneos: as redes sociais, a exposição constante, a fragmentação da identidade. Falamos do eu digital e das versões idealizadas que projetamos ‘online’. Mas também reconhecemos que o virtual é tão antigo quanto a humanidade — sempre vivemos com imagens, memórias, fantasias e projeções. A novidade, talvez, seja a velocidade e a intensidade com que tudo acontece. Por fim, chegamos à pergunta que dá nome a este ‘podcast’: ainda faz sentido perguntar pelo sentido da vida? Num mundo líquido, ambíguo, saturado de opiniões e urgências, onde encontramos pontos de apoio? António Castro Caeiro não nos dá respostas fechadas, mas aponta caminhos: o da escuta,
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    55 m
  • O que torna um professor inesquecível? José Oliveira
    Jun 25 2025
    Todos guardamos a memória de um ou dois professores que nos marcaram. Não nos lembramos das notas, nem dos nem do que projetaram ou escreveram no quadro, nem dos testes. Lembramo-nos do olhar atento no dia certo. Da pergunta inesperada. Da confiança plantada como quem diz: “Tu consegues.” São esses professores que ficam. Porque nos viram antes de nós sabermos quem éramos. Porque nos empurraram um pouco mais longe do que imaginávamos possível. E, porque, mesmo sem saberem, mudaram a curva da nossa vida para sempre. Esta conversa é, também, um tributo a todos eles. Ensinar é uma arte enigmática. Incompreensível para mim. Importante para todos. Uma arte feita de gestos invisíveis, sementes lançadas ao vento, perguntas que nunca terão resposta imediata. Ensinar é um ofício de fé. Acredita-se que, um dia, aquilo que hoje foi dito, desenhado, percebido — possa fazer sentido para alguém. E que, talvez, esse alguém seja melhor por causa disso. Hoje, no Pergunta Simples, sentamo-nos com um professor que leva essa arte a sério. Sério como quem ri, como quem experimenta, como quem acredita. José Oliveira, professor de Artes na Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, em Leiria. Mas, acima de tudo, um construtor de mundos. Transformou uma disciplina técnica, aparentemente árida — a Geometria Descritiva — num laboratório de criação. E foi por isso que este ano recebeu o prémio que distingue o melhor professor do país. Mas esta conversa não é sobre um prémio. É sobre aquilo que ninguém vê quando se fecha a porta de uma sala de aula. É sobre como se cria um espaço onde cada aluno tem lugar, tempo, voz, desafio e superação. Onde os erros não são falhas, mas parte do processo. Onde os alunos aprendem com os colegas, e os professores aprendem com os alunos. Onde se ensina com papel, com madeira, com palavras, com copos coloridos, com silêncios e com perguntas. Onde a aprendizagem não parte de um programa, mas de um princípio simples: Ensina-se a partir do ponto onde o outro está. E não onde um qualquer teórico dos programas escolaes imagina que estamos. José Oliveira fala como quem pensa a escola com as mãos. Fala da arte, da matemática e da tecnologia como instrumentos de pensamento. Critica os exames, os programas, os formalismos — mas sem amargura. Fala da educação com uma alegria serena, de quem sabe que ensinar não é cumprir um plano, é acender alguma coisa em alguém. E, pelo meio, diz frases que ficam: Que a geometria descritiva é uma matemática desenhada. Que a escola não deve nivelar por baixo — nem por cima — mas puxar cada aluno para o seu máximo possível. Que nem sempre quem chumba é quem menos sabe — às vezes é quem mais foi abandonado. E que o grande erro da escola moderna é esquecer que cada cérebro tem o seu tempo, a sua forma, a sua origem. Esta conversa podia ser ouvida numa sala de professores, numa oficina de serigrafia ou num comboio entre Setúbal e Leiria. Mas o lugar certo para a escutar é onde estiver alguém que ainda acredita que a escola pode mudar vidas. Que ainda acredita que um professor não é só um transmissor de conteúdos — mas alguém que planta inquietações, liga mundos, abre caminhos. José Oliveira não veio defender um método. Veio lembrar-nos que ensinar é uma forma de cuidar. E que talvez o futuro da educação não conste nos manuais, nem nas grelhas, nem nos ‘rankings’. Talvez esteja ali, no fundo da sala, onde alguém com um copo vermelho na mão — qual semáforo — porque não entendeu o que lhe disseram — espera que lhe perguntem: “Vamos tentar outra vez?” Vamos a isso? Todos nos precisamos de bons professores. Na escola e na vida toda. E precisamos de que haja professores com arte e engenho para nos encantarem no caminho. O que definitivamente não precisamos é de exames escritos deliberadamente para não serem entendidos ou de um sistema educativo que descarta ...
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    55 m
  • Como fazer rir? Gabriela Barros
    Jun 18 2025
    Gabriela Barros fala sobre humor, representação e vulnerabilidade numa conversa intimista e divertida. Do Taskmaster ao Pôr do Sol, exploramos o que é preciso para fazer rir com precisão. Uma atriz com ritmo, verdade e escuta, num episódio essencial do Pergunta Simples sobre a arte de estar em cena.
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