Medicos Hands-on

By: marcelo de lima oliveira
  • Summary

  • Esse é um podcast voltado para informar a população sobre saúde: desmistificar a medicina e ligar a ciência de ponta com a público. Promovido pelo Dr. Marcelo de Lima Oliveira doutor pela Universidade de São Paulo e pelo Dr Edson Bor-Seng-Shu médico livre docente pela Universidade de São Paulo, neurocirurgiões e neurosonologistas.
    marcelo de lima oliveira
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  • Síndromes Parkinsonianas atípicas! Dra Jacy Parmera neurologista HCFMUSP @jacyparmera_neurlogia
    Feb 7 2025

    Síndrome Parkinsoniana ou parkinsonismo é o conjunto de sinais e sintomas caracterizada por lentidão dos movimentos, rigidez muscular plástica e de roda denteada, tremor principalmente de repouso e instabilidade postural. Para ser caracterizada há necessidade de bradicinesia mais um dos sintomas citados. Parkinsonismo é um conjunto de sinais de sintomas cuja principal causa é a Doença de Parkinson, por isso é chamado de parkinsonismo típico. Outras doenças podem causar o parkinsonismo mais outros sintomas além do parkinsonismo e por isso são chamadas de parkinsonismo atípico. Essas são doenças raras e pouco prevalentes. As doenças mais comuns com parkinsonismo atípico por ordem são: 1) paralisia supra nuclear progressiva, 2) atrofia de múltiplos sistemas e 3) degeneração cortiço basal. A demência de corpos de Levy ainda há duvidas na ciência se é uma forma de Doença de Parkinson ou parkinsonismo atípico.

    Quedas precoces na síndrome parkinsoniana pode indicar um parkinsonismo atípico. Além disso, desequilíbrio grave (síndrome cerebelar), disautonomia precoce como incontinência urinaria, retenção urinaria, hipotensão postural, demência precoce, disfunção erétil antes do 60 anos, uso de cadeira de rodas nos primeiros cinco anos, entre outros. Na degeneração cortico basal é a condição mais rara dos parkinsonismos atípicos. É uma doença assimétrica o que faz confundir com a doença de Parkinson, porém podem aparecer distonias (posturas de torção anormais) e mioclonias (espasmos musculares). Além disso apresentam outras autereções cognitivas como apraxias como funções que ele sabia fazer antes e não conseguem mais fazer como escovar os dentes, manusear uma chave. A degeneração cortico basal é o diagnostico relacionado à presença da proteína Tao. Mas também existem doenças que imitam essa síndrome como por exemplo algumas formas de doença de Alzheimer (25% dos casos). Paralisia supranuclear progressiva (PSP) é a mais frequente no parkinsonismo atípico. A instabilidade postural é precoce (nos primeiros 2 anos) com perda dos reflexos posturais e cai em geral para trás. Os parkinsonismo é simétrico e além disso, tem dificuldades para direcionar o olhar, primeiro para baixo e posteriormente olhar para cima; a principal queixa é a visão dupla. A forma P parece muito com a doença de Parkinson e pode melhorar com medicação e com o tempo parar de responder a medicação e com aparecimento dos sintomas da PSP. Atrofia de múltiplos sistemas (AMS) está no mesmo grupo da doença de Parkinson em termos patológicos (sinucleínopatias). É caracterizada por uma tríade: Parkinsonismo com alterações do cerebelo (ataxia cerebelar) e alterações do sistema nervos autônomo. Tem a forma P muito parecida com doença de Parkinson (é a doença que mais confunde com doença de Parkinson), porém, precocemente paciente tem dificuldade de controlar a urina, disfunção erétil e quedas da pressão. Na AMS forma C tem alterações cerebelares precoces. Ressonância magnética pode ajudar a caracterizar essas doenças. Na atrofia de múltiplos sistemas pode ter o “sinal da cruz” por alterações da ponte. Alterações do Putamen também podem estar associadas a AMS. O aumento da deposição de ferro na região dos núcleos da base estão mais frequentes no parkinsonismo atípico e não ocorre na doença de Parkinson. Na PSP ocorre o sinal do beija flor causado pela atrofia do mesencéfalo. Na degeneração cortico basal pode acontecer atrofia assimétrica do cerebro.

    A ultrassonografia transcraniana também pode ajudar no diagnostico diferencial da doença de parkinson e do Parkinsonismo atípico. O tratamento multidisciplinar com fonoaudiologia, fisioterapia, educador físico é essencial na síndrome parkinsoniano atípica. A levodopa pode ajudar porém não é significativa como na doença de Parkinson. Outros tratamentos como por exemplo para disautonmia, incontinência urinária são importantes para melhorar a qualidade de vida do paciente. #parkinson #parkinsonism

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    1 hr and 43 mins
  • Pensar POSITIVO ajuda a amenizar os sintomas da DOENÇA de PARKINSON! Dr Romulo Baralle, psicólogo, doutor pela UnB. @romulobarelegm
    Jan 21 2025

    Dr Romulo Barale, psicólogo doutor pela Universidade de Basilia Romulo é psicólogo e com 29 anos começou com tremor na mão esquerda e logo teve o diagnóstico da doença de Parkinson. O tremor atrapalhava muito no seu trabalho. Logo que ele voltou para o doutorado passou por uma junta médica para redução da carga de trabalho e um dos médicos da junta falou que ele deveria priorizar para estudar psicologia para ajuda-lo e ajudar os pacientes. Desde então ele começou a ler mais a fim de aprender e a lidar melhor com a doença especialmente no estado off, o que tornou o seu estado off mais brando. Passou a usar a psicologia para sua vida. Sentiu-se limitado na socialização com as pessoas especialmente nas festas que gostava de frequentar. Pensou: estou com Parkinson, mas não posso limitar minhas relações. Daí surgiu o lema: “vou tremendo, mas vou”! Nessa festa ele conheceu sua esposa Bruna. Bruna reparou que Romulo tinha doença de Parkinson, porque seu avô tinha a doença. Ele falou a ela que tinha a doença e perguntou se havia algum problema: ela disse que isso era um detalhe. O principal objetivo desse método “vou tremendo, mas vou” é devolver ao paciente parkinsoniano o prazer de fazer as mesmas coisas que fazia antes no dia a dia. Infelizmente o paciente com Parkinson tende a isolar-se pela depressão ou pela vergonha a doença. O terapeuta tem que reformatar 3 crenças: desamparo, desamor e desvalor. Se essas crenças não forem trabalhadas a paciente irá ter um prognóstico pior. O enfrentamento do dia a dia deve ser positivo auxiliado por técnicas de respiração, autocontrole e autoconhecimento. Além disso, deve-se focar os aspectos positivos da vida. Dessa forma, treinando habilidades o período off será mais ameno, ou seja, o paciente torna-se advogado da doença. Importante ressaltar que há uma diferença grande entre comparação e inspiração. O paciente com Parkinson deve inspirar-se em bons exemplos para poder socializar-se e refutar a comparação. Importante ressaltar que ansiedade e pessimismo contagiam, portanto, deve-se tentar usar a positividade para amenizar os sintomas do paciente. Não há nível de evidencia de que a psicoterapia melhora ou ameniza a doença de Parkinson por dificuldades metodológicas para desenho dos artigos, porém a terapia cognitiva comportamental mostrou-se eficaz com evidencias científicas para tratar os sintomas não motores da doença de Parkinson. É certo que futuramente o tratamento psicológico mostrará eficácia no tratamento da doença. Importante ressaltar que a psicoeducação na doença de Parkinson é personalizada respeitando a individualidade dos pacientes. O resgate das qualidades que o paciente tinha antes da doença é fundamental para melhora o enfrentamento da doença, para estimular o pensamento positivo e para enfatizar as qualidades dos paciente. Existem coisas muito positivas nos pacientes além da doença. Os oito principios do vou tremendo mais vou: 1) a dor é inevitável, permanecer nela é opcional, 2) não existe mente forte que habita um corpo fraco, ou seja, medicar-se adequadamente e praticar exercícios físicos é fundamental para o enfrentamento da doença, 3) ficar bem é uma busca diária constante, 4) reclamar me faz parar e esperar que alguém me atenda um pedido, 5) o desconforto é um caminho para evolução, 6) todo sofrimento esconde alguma oportunidade, 7) vaidade não é arrogância, é oportunidade de voce lidar com a autoestima e a saúde mental, 8) ações tem que guiar seu dia a dia. É importante também informar a familia para melhorar a comunicação com o paciente e vice versa. O paciente também precisa aprender a comunicar de maneira adequada para familia e amigos a respeito da sua doença. O tratamento psicológico só funcionará com tratamento médico adequado com remédios, atividade física e cirurgia se necessário. A medicação te dá estabilidade, porém, paciente deve ter um propósito e objetivo de vida. #psicoterapia #doençadeparkinson #psicologiapositiva

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    1 hr and 41 mins
  • Transtorno do DÉFICIT de ATENÇÃO e HIPERATIVIDADE: diagnóstico e tratamento. Dr Marcelo Mashura Neurologista Dr pela UNIFESP @dr.marcelomashura
    Dec 17 2024

    A sigla TDH é a sigla usada para transtorno do déficit de atenção / hiperatividade. Existem tres tipos de apresentação do déficit de atenção: 1) predominância desatenta onde o déficit de atenção é predominante, 2) predominância da hiperatividade e 3) apresentação mista com hiperatividade e déficit de atenção. O TDH é um transtorno do neurdesenvolvimento onde condições crônicas em que há fatores genéticos e ambientais que levam a um processo anormal do desenvolvimento do cerebro no utero e primeiros anos de vida levando a repercussões cognitivas e emocionais com impacto negativo na sua vida. Há algumas doenças neste grupo como autismo, dislexia, discauculia, tic e TDH que é o mais prevalente na população (5 a 7% da população). As causas podem ser genéticas em ambientais. O principal fator ambiental são as telas (celulares). Infelizmente os streamings aumentam o consumo de telas e os celulares potencializam este consumo pq as crianças podem assistir a programação de qualquer lugar. Há estudos que mostram alterações de substancias branca, mielina e tractos em crianças com consumo excessivo de telas. Essas crianças podem ter alteração da linguagem, pobreza semântica, redução de QI e dificuldade na atenção. Essa redução na atenção levou a um aumento importante no consumo de vídeos curtos nas redes sociais. Além disso, a criança pode perder a chance de praticar movimentos importantes para desenvolvimento do prorpriocepção, coordenção motora pela falta de atividade física. A média de consumo de tela nos EUA é de 8h. A recomendação é que até dois anos de idade não se consuma tela, no pré escolar no máximo 1h por dia, no escolar 2h por dia e no adolescente 3h por dia. A sociedade tem que rediscutir o tempo gasto diariamente na tela dos celulares. A educação muito permissiva, privação de sono também podem ser causas ambientais de TDH. O TDH tem base genética com 76% de herditariedade. O uso de álcool, cigarro na gestação e prematuridade no nascimento aumentam as chances de TDH. Um TDH não tratado pode ter riscos em diferentes ambientes. Podem ter fracasso escolar, subemprego, divorcio, gravidez precoce, frustração e baixa autoestima, entre outros eventos. Uma criança com TDH leve no início da doença pode até acompanhar outras crianças com desempenho escolar razoável mesmo se não medicada. Porém, a medida que o nível de dificuldade aumenta haverá sérias dificuldades para manter o desempenho escolar adequado. As crianças com TDH mais acentuado certamente terão desempenho escolar totalmente comprometido. Por isso o diagnóstico precoce é importante para evitar o baixo desempenho escolar. O diagnóstico é clinico e pode ser feito na consulta com médico especialista e testes psicológicos se necessário. Esse diagnóstico vem de dados da anamnese (história do paciente) baseados nos critérios do DSN5. Importante observar características de autismo. Existem 9 critérios de atenção e 9 critérios de hiperatividade e impulsividade e conforme o preenchimento desses critérios os paciente será classificado nas tres formas de TDH. Além disso, a ansiedade, depressão, esquizofrenia, deficiência intelectual leve, transtorno do humor bipolar em criança, hipersexualizaçao precoce, diagnóstico de transtorno bipolar na familia, uso de tela com privação de sono, hipotireoidismo, devem ser descartadas. Mesmo havendo critérios para o diagnóstico deve haver impacto prejudicial na vida do indivíduo para diagnostico e tratamento. Não há marcador biológico para esta doença como achados em tomografia, ressonância ou em outros exames. O remédio é fundamental para tratar os pacientes com TDH, ou seja, a medicação melhora totalmente os sintomas dessa doença. TDH é o único transtorno do desenvolvimento que melhora completamente com medicação. Os melhores remédios para tratamento são os estimulantes (Ritalina e Venvance). #transtornododéficitdeatençãoehiperatividade

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    1 hr and 29 mins

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