BORORÓ: a música no Brasil do século XX

By: Alexandre da Maia Raphael Dorsa Neto Rádio Cultura FM de Brasília 100 9
  • Summary

  • Programa semanal sobre a história da música no Brasil do século XX, produzido e apresentado por Alexandre da Maia e Raphael Dorsa Neto. Produção e locução das vinhetas: Fábio Iarede (@podcastdofiarede). O Bororó é transmitido todas as segundas-feiras, 21h, com reprise nas quartas-feiras, 11h, na Rádio Cultura FM de Brasília - 100,9 FM, a rádio pública do Distrito Federal. Aqui a gente conversa sobre pessoas, movimentos, ritmos, gravadoras, lugares e tudo aquilo que interessa à história da música brasileira do século XX. Afinal, Bororó também é cultura.
    Alexandre da Maia, Raphael Dorsa Neto, Rádio Cultura FM de Brasília 100,9
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Episodes
  • Episódio 49 - Ana Mazzotti
    Feb 4 2025

    Ana Mazzotti nasceu em Caxias do Sul, mas foi criada em Bento Gonçalves. Desde muito criança despertou interesse por música, tocando harmônio, acordeom, violão e finalmente o piano, instrumento pelo qual ficaria conhecida pela sua habilidade e virtuosismo.

    De cantora a regente do coral da igreja local, Ana Maria Mazzotti (1950-1988), ainda adolescente, criou seus primeiros grupos até fundar com o seu marido, o baterista Romildo T. Santos, o grupo Desenvolvimento, para tocar em bailes.

    Neste episódio, Alexandre da Maia nos mostra a trajetória da cantora, compositora, multi-instrumentista e arranjadora, cuja obra desperta cada vez mais interesse na pesquisa musical contemporânea.

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    1 hr
  • Episódio 48 - Linda & Dircinha Batista
    Jan 28 2025

    Linda e Dircinha Batista foram duas das mais importantes vozes da música popular brasileira no século XX, moldando a identidade da canção nacional durante as décadas de 1930, 1940 e 1950. Nascidas no Rio de Janeiro, em uma família de forte inclinação musical, as irmãs se destacaram por suas interpretações marcantes, carisma e contribuições essenciais ao rádio, que era o principal veículo de difusão cultural da época.

    Linda Batista, a mais velha, ficou conhecida como "A Rainha do Rádio", título que conquistou por onze anos consecutivos, entre 1937 e 1948, em um feito histórico. Dona de uma voz aveludada e expressiva, interpretou clássicos como "Vingança" (Lupicínio Rodrigues), sucesso absoluto em 1951, e "Ninguém Me Ama" (Fernando Lobo e Antônio Maria), um dos maiores sambas-canção do período.

    Dircinha Batista, mais jovem e igualmente talentosa, iniciou sua carreira ainda criança, consolidando-se como uma das maiores intérpretes da era do rádio. Sua versatilidade permitiu transitar entre sambas e marchinhas de carnaval, imortalizando canções como "Se Eu Morresse Amanhã" (Benedito Lacerda e Nelson Gonçalves) e "A Mulher que Ficou na Taça" (Lourival Faissal e J. Júnior). Foi aclamada como uma das vozes mais afinadas de sua geração.

    As irmãs Batista representaram o auge do glamour da música brasileira no rádio, mas também viveram o declínio dessa era, à medida que a indústria fonográfica e a televisão ganharam força. Suas trajetórias, marcadas por êxitos e desafios pessoais, refletem a transição cultural do Brasil no século XX. Linda e Dircinha permanecem como símbolos de uma época em que o rádio era a alma da música popular brasileira.

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    1 hr and 3 mins
  • Episódio 47 - Alberto Nepomuceno
    Jan 21 2025


    Alberto Nepomuceno (1864–1920) é amplamente reconhecido como um dos precursores do nacionalismo musical no Brasil, estabelecendo as bases para que a música erudita brasileira incorporasse elementos das tradições populares e regionais do país. Cearense de nascimento, ele foi um dos primeiros compositores a romper com o colonialismo cultural que marcava a música erudita brasileira no final do século XIX, desafiando o predomínio exclusivo das tradições europeias. Nepomuceno acreditava que a música brasileira precisava refletir sua própria identidade, ideia que expressou ao incluir temas do folclore, ritmos típicos e melodias nacionais em suas obras.

    Entre suas contribuições mais marcantes, destaca-se sua luta para que a língua portuguesa fosse aceita no canto lírico, contrariando a prática habitual de se cantar exclusivamente em italiano, francês ou alemão. Obras como "O Garatuja"(1904), sua ópera inacabada baseada em José de Alencar, e canções como "Galhofeira", revelam essa busca por um som genuinamente brasileiro. Além disso, Nepomuceno também se destacou como organista e regente, tendo estudado e atuado em importantes centros musicais da Europa, como Paris, Leipzig e Roma, antes de retornar ao Brasil.

    Sua importância vai além de sua obra individual: ele foi um mentor e influenciador de toda uma geração de compositores, incluindo Heitor Villa-Lobos, que mais tarde expandiria os ideais nacionalistas defendidos por Nepomuceno. Sua música e sua visão o posicionam como um verdadeiro pioneiro na construção de uma identidade musical brasileira, sendo uma figura essencial para compreender os rumos da música no país no início do século XX.


    Bororó também é Cultura.

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    1 hr and 7 mins

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