No segundo vídeo da série "Ouça o Agro 2025: Geopolítica e Agricultura Tropical", Natália Fernandes (Coordenadora do Núcleo de Inteligência de Mercado da CNA) conversa com Oliver Stuenkel (pesquisador em Carnegie e Harvard e professor de Relações Internacionais da FGV) sobre as transformações geopolíticas e os desafios para o agro brasileiro.

"Hoje estamos voltando ao ‘novo normal’ de uma rivalidade entre as principais potências dos Estados Unidos e a China, que para muitos é visto como algo novo, mas no fundo a rivalidade e a turbulência geopolítica é o normal”, analisa Stuenkel. “O atual presidente é apenas um reflexo desse fim de consenso, porque mesmo sem Trump, a realidade dessa relação bilateral hoje já não seria mais de cooperação, mas muito mais de rivalidade e de competição”, complementa o entrevistado.

Neste bate-papo gravado em São Paulo, durante um evento exclusivo, eles exploram as novas regras do jogo na geopolítica, as oportunidades do Brasil em meio às pressões e o que o agro precisa fazer para se manter competitivo nesse cenário de incertezas.

"Para o Brasil, isso é um desafio, porque será uma economia menos eficiente, menos previsível, com inflação mais elevada, porque quando temos tensão geopolítica, sempre costuma aumentar um pouco a inflação em nível global", diz. "É também uma grande oportunidade, porque o Brasil está longe dos principais focos de instabilidade no mundo”, destaca o especialista.

Um episódio essencial para entender o mundo de hoje e suas possibilidades futuras. Aperte o play e venha com a gente nessa análise!

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O primeiro episódio da série "Ouça o Agro 2025: Geopolítica e Agricultura Tropical", gravada diretamente de São Paulo, aborda os riscos e vantagens competitivas do Brasil em um cenário de transformações e como o agro brasileiro pode se posicionar diante desses realinhamentos de poder.

Para falar sobre esse assunto, a coordenadora do Núcleo de Inteligência de Mercado da CNA, Natália Fernandes, conta com a companhia de Marcos Troyjo, um dos maiores especialistas em geopolítica econômica do país e ex-presidente do Banco dos BRICs.

“Estamos vivendo um mundo em que a geopolítica ficou importante demais", diz Troyjo. “É curioso, porque há exatos 20 anos o grande jornalista do New York Times, o Thomas Friedman, publicou um livro que todo mundo utilizava como uma espécie de referência para saber como é que a globalização ia avançar, como o comércio internacional continuaria desimpedido, como os investimentos transfronteiriços iam ser cada vez mais volumosos, ou seja, é como se 20 anos atrás o avião fosse pilotado única e exclusivamente pela ideia de eficiência”, detalha o ex-presidente do Banco dos BRICs.

"Quando a gente faz esse atalho histórico e vem até 2025, a geopolítica está ocupando o centro do palco. Isso tem uma série de implicações para o Brasil e, particularmente, para o agro brasileiro", completa.

Ficou curioso? Não perca “Entre Rupturas e Oportunidades: O Papel do Brasil no Novo Jogo Global". Venha com a gente!

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O Ouça o Agro dessa semana traz como assunto principal um mercado bom para ser desbravado: o biodiesel.

A coordenadora do Núcleo de Inteligência de Mercado da CNA, Natália Fernandes, recebeu o diretor comercial da Biopower, Alexandre Pereira, para falar sobre esse setor em crescimento que envolve tanto cadeias agrícolas quanto pecuárias e vem inovando e contribuindo para a transição energética.

“No Brasil, hoje, a especificação do biodiesel que é dada pela ANP é uma das mais rigorosas do planeta", diz Alexandre.

“As indústrias vêm avançando, melhorando o parque industrial, melhorando os processos de produção para aproveitar cada vez mais a biomassa utilizando cada vez menos recursos na produção tanto do alimento quanto da bioenergia", completa o entrevistado, explicando as consequências desse avanço da tecnologia: “(Isso significa) Você produzir cada vez mais para garantir segurança alimentar e segurança energética utilizando menos recursos naturais."

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