Episodios

  • CONVITE
    Jun 17 2025

    Vem acessar o Literatura Oral onde todo o conteúdo está concentrado!

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  • CAMÕES - AULA 6
    Mar 21 2023

    Dicas sobre Camões

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  • #96 COM LICENÇA POÉTICA, ADÉLIA PRADO
    Mar 5 2023

    O poema de Adélia, Com licença poética, abre o seu primeiro livro, Bagagem. Nesse poema, a escritora destaca as dificuldades que as mulheres enfrentam desde nascer. Mulher nasce pra segurar bandeira, ou seja, está sempre precisando defender alguma causa, defender o seu espaço, se fazer ouvir. Mas encerra com uma imagem positiva, de que o feminino teria o dom de se livrar de maldições pela capacidade de ser desdobrável, quer dizer, mulheres são flexíveis, se adaptam. O eu lírico sugere que as mulheres teriam vocação ancestral para a alegria. Notem que o anjo que se comunica com o eu lírico de Drummond é torto e vive na sombra, mas o anjo do eu lírico do poema de Adélia é esbelto, toca trombeta e, ao invés de profetizar um destino ruim, como o outro, ele atribui à recém-nascida uma função, a de segurar bandeira.

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  • #95 O FATO COMPLETO DE LUCAS MATESSO, LUANDINO VIEIRA
    Feb 21 2023

    José Luandino Vieira é o pseudônimo de José Vieira Mateus da Graça, que nasceu em Portugal, em 1935. Logo aos três anos a família muda para Angola, então colônia de Portugal. A ligação do escritor com a capital, Luanda, é tanta, que ele usa como nome artístico Luandino. E não fica só na admiração, não. Luandino foi ativo na luta pela independência de Angola em relação a Portugal, e por esse motivo foi preso político por mais de uma década, sendo que ficou preso oito anos no campo de concentração Tarrafal, em Cabo Verde. Boa parte de sua obra literária foi produzida durante o confinamento. Este ano o autor faz 88 anos e atualmente mora em Portugal.

    Antes de falar mais sobre Luandino Vieira, vamos entender um pouco da história de Angola. A República da Angola é um país africano, do oeste da África, de território extenso e com litoral voltado ao Oceano Atlântico. Portugal chega a Angola no período das grandes navegações, em 1482. Angola foi colônia portuguesa desde o século XV até a independência, em 1975. Tem a Língua Portuguesa como idioma oficial, portanto. Outros países que foram colônias portuguesas na África foram Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde. Só que não são territórios contíguos.

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    50 m
  • #94 ISMÁLIA, ALPHONSUS DE GUIMARAENS
    Jan 29 2023

    Alphonsus de Guimaraens é o pseudônimo do poeta mineiro Afonso Henriques da Costa Guimarães, que viveu entre 1870 e 1921. Essa mudança que ele fez no nome é uma latinização, para combinar com os hinos católicos que ele gostava e para dar um ar místico ao seu nome de escritor. Ele escreveu dentro da estética do Simbolismo. Quando ele tinha 17 anos, morreu uma prima que ele considerava como noiva e ele ficou muito abalado.

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    14 m
  • #93 A NOIVA, MAEVE BRENNAN
    Jan 16 2023

    O conto é “A noiva”, uma tradução minha do conto “The Bride”, que consta no livro The Rose Garden, uma compilação publicada no ano 2000, com contos da Maeve Brennan (1917-1993) em que quase todas as histórias se passam em Nova York.

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    48 m
  • #92 TRILOGIA DA TERRA ESPANHOLA, LUCIANA FERRARI MONTEMEZZO (FEDERICO GARCÍA LORCA)
    Jan 8 2023

    Trilogia da Terra Espanhola traz três peças traduzidas por Luciana Ferrari Montemezzo do poeta e dramaturgo espanhol, Federico García Lorca, além dos comentários da tradutora. As peças são Bodas de sangue, Yerma e A casa de Bernarda Alba.  Vamos saber um pouco sobre o autor? Federico García Lorca viveu entre 1898 e 1936. Morreu com apenas 38 anos, assassinado no início da Guerra Civil Espanhola, que aconteceu entre 1936 e 1939.

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    26 m
  • #91 SENHORA, JOSÉ DE ALENCAR - FINAL
    Dec 5 2022

    Na leitura de hoje, teve um fragmento em que o escritor José de Alencar alfineta os leitores brasileiros sobre preferirem os títulos estrangeiros e não darem tanta atenção à literatura nacional. Tava doído quando escreveu isso, o Alencar. E aí ele usa um recurso que é a intertextualidade, que é quando um texto cita outro, ou metatextualidade, quando um texto reflete sobre si mesmo ou reflete sobre o fazer literário, e cita Diva, um romance dele próprio, publicado em 1864 e que, junto de Lucíola, de 1862, e Senhora, compõe os perfis femininos de Alencar e está inserido na segunda fase do romantismo brasileiro, que foi a fase do ultrarromantismo, com mulheres e relacionamentos idealizados. Diva não é uma continuação de Lucíola, mas o narrador de um livro conhece o narrador do outro, como fica evidente pela epígrafe em Diva, uma brincadeira do autor com seus leitores. Quando cita Divana narrativa de Senhora, Alencar é irônico, porque se refere aos críticos da obra que, sem querer, atiçam a curiosidade dos leitores e acabam por recomendar o livro.

    Numa parte que eu não li, a protagonista faz uma festa em casa e valsa com o marido. Eles estão casados há meses e nunca se encostaram. A tensão sexual entre eles e os rodopios da valsa fazem com que Aurélia desmaie. O ato de mulheres desmaiarem é muito comum nas narrativas românticas, que colocam as personagens femininas como seres suscetíveis às emoções, de forma que os sentimentos as afetam fisicamente. E qualquer emoção mais forte é motivo pra desmaio! Então a mocinha desmaiar é bem característico da segunda fase do romantismo.

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    52 m