Brasil se prepara para sediar o Mundial de rugby em cadeira de rodas em 2026 Podcast Por  arte de portada

Brasil se prepara para sediar o Mundial de rugby em cadeira de rodas em 2026

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O Brasil já se prepara para um dos maiores eventos do calendário paralímpico mundial: o Campeonato Mundial de Rugby em Cadeira de Rodas, que será realizado em agosto de 2026, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. Será a primeira vez que o país sediará o torneio e os preparativos seguem a todo vapor, após o encerramento da Copa América da modalidade, disputada na capital paulista. Luciana Quaresma, correspondente da RFI O torneio continental terminou nesta terça-feira (15), reunindo oito seleções do continente em partidas intensas, disputadas no CT Paralímpico — considerado referência internacional em acessibilidade e infraestrutura. Além de definir os classificados para o Mundial, a competição serviu como vitrine da evolução técnica da seleção brasileira. O Mundial de 2026 será o maior evento da modalidade já realizado no Brasil A realização do Mundial em São Paulo, dentro do Centro de Treinamento Paralímpico, marcará um divisor de águas para o desenvolvimento do rugby em cadeira de rodas no país. Para o diretor-geral do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Marcelo Ferreira, o impacto será profundo — tanto técnico quanto estrutural. “A seleção chegou à final com mérito. Os atletas estão super motivados, e isso serve como uma alavanca para a gente mirar Los Angeles 2028”, destacou Ferreira. “Somos extremamente felizes com essa estrutura, que temos há nove anos. Já promovemos vários grandes eventos, e ouvir das delegações que nossa infraestrutura é de primeiro mundo nos orgulha bastante. Inclusive o CT já tem planos ambiciosos para o futuro: a construção de um velódromo promete impulsionar o Brasil nas provas de ciclismo paralímpico e ampliar as chances de medalhas nas próximas Paralimpíadas. O legado, no entanto, já está em construção — e ele é de ouro”, explica Ferreira. O Mundial reunirá seleções de todos os continentes e colocará o Brasil no centro da cena paralímpica mundial. “Vai ser um evento ainda maior, e o Brasil vai estar pronto. Todos estão convidados para estarem com a gente em 2026. Vai ser gigante.” Centro Paralímpico é vitrine da excelência brasileira Durante toda a Copa América, o Centro de Treinamento Paralímpico foi elogiado por atletas, comissões e dirigentes estrangeiros. O capitão da seleção dos Estados Unidos, Chuck Aoki, não poupou elogios ao CT: “Realmente impressionante a infraestrutura que vemos aqui”. O local possui quadras acessíveis, alojamentos adaptados, áreas de fisioterapia e recuperação, além de um ambiente de integração entre as seleções. O Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro (CTPB) é muito mais do que uma estrutura de alto rendimento: é o epicentro do esporte paralímpico nacional. Por ali, circulam anualmente cerca de 5 mil atletas, vindos de diferentes cantos do estado, em busca de excelência, superação e medalhas. Com 300 quartos acessíveis, refeitório com alimentação de qualidade e uma estrutura de treinamento de ponta — indoor e outdoor — voltada para diversas modalidades paralímpicas, o centro oferece condições de treino que simulam à perfeição os ambientes reais de competição e pensado para preparar o atleta para o pódio. “É uma estrutura que abriga praticamente todas as modalidades, e isso fez o esporte paralímpico crescer muito”, reforçou José Higino, presidente da Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas (ABRC). “A gente vê isso no resultado em Paris, onde o Brasil ficou entre os cinco primeiros no quadro de medalhas. E agora é trabalhar para fazer um Mundial ainda melhor, em quadra e fora dela.” Campanha histórica do Brasil com vitória inédita sobre o Canadá A seleção brasileira viveu momentos marcantes durante a Copa América, com uma campanha sólida que culminou na medalha de prata. O ponto alto foi a vitória inédita sobre o Canadá na semifinal — adversário tradicionalmente mais forte e que por anos dominou os confrontos diretos. “Foi sensacional. Fizemos uma campanha extraordinária”, celebrou o capitão Júlio Braz logo após a final. “Encaramos os Estados Unidos, uma potência mundial, e mostramos que estamos evoluindo. Agora é continuar treinando forte, porque o Mundial vem aí. Esse torneio foi só uma prévia. E a estrutura do CT é maravilhosa. Para 2026, vamos continuar treinando, evoluindo e vamos estar ainda mais preparados, afirma o capitão da seleção brasileira. Na final, o Brasil foi superado pelos Estados Unidos, seleção invicta na competição e atual vice-campeã paralímpica. Mesmo assim, a seleção brasileira saiu com moral elevada, consolidando-se como uma força emergente no rugby em cadeira de rodas. Caminho para Los Angeles 2028 começa agora Embora já tivesse vaga garantida como país-sede do Mundial, o Brasil fez questão de conquistar sua vaga também dentro de quadra. A medalha de prata na Copa América reforça o ...
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