
Trump e Netanyahu se reúnem para discutir o futuro do conflito entre Israel e Hamas
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já está em Washington, onde se encontra nesta segunda-feira (7) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Com as idas e vindas, propostas, respostas e observações, a situação permite várias perspectivas e possibilidades para um acordo de cessar-fogo no Oriente Médio.
Três temas devem dominar o encontro entre os dois líderes. O fim do conflito na Faixa de Gaza é a principal prioridade do presidente norte-americano, como ele mesmo tem reiterado publicamente. Além disso, haverá uma avaliação do novo cenário regional após os 12 dias de conflito entre Israel e o Irã, que contou com a participação decisiva dos Estados Unidos no bombardeio de instalações nucleares iranianas.
Outro tema importante é a possibilidade de expandir os chamados Acordos de Abraão, uma das principais conquistas internacionais do primeiro mandato de Trump. Em 2020, Trump anunciou que conseguiu estabelecer relações diplomáticas entre Israel, os Emirados Árabes Unidos e Bahrein. Posteriormente, outros países aderiram a este formato de acordo.
Até os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, havia a expectativa de que a Arábia Saudita pudesse ser mais um país a estabelecer relações diplomáticas com Israel. No entanto, a resposta israelense e a tragédia humanitária em Gaza colocaram o assunto em compasso de espera. Os sauditas afirmaram que só normalizarão relações com Israel se o governo de Netanyahu abrir caminho para a criação de um Estado palestino, algo improvável na atual coalizão de governo.
Entretanto, segundo apuração da RFI, há a possibilidade de novidades sobre os Acordos de Abraão. Uma declaração sobre o fim do conflito em Gaza pode ser tão importante quanto uma declaração sobre a criação de um Estado palestino. E isso poderia abrir caminho para mais adesões ao acordo lançado por Trump em 2020.
Negociações indiretas entre Hamas e IsraelEnquanto Netanyahu está em Washington, outra delegação de negociadores israelenses está em Doha, no Catar, com o objetivo de resolver as divergências após a resposta do Hamas. As diferenças entre as partes se concentram em três aspectos: o modelo de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, a retirada das tropas israelenses do território e a exigência do Hamas de que o cessar-fogo de 60 dias leve necessariamente ao fim do conflito. O grupo palestino quer garantias dos Estados Unidos de que isso vai acontecer.
Após a resposta do Hamas e a reunião do Gabinete de Segurança de Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu informou, em comunicado oficial, que as exigências do Hamas são inaceitáveis. No entanto, segundo informação obtida pela RFI, se não houvesse qualquer possibilidade de negociação, a delegação israelense nem sequer sairia para Doha.
As famílias dos reféns israelenses foram informadas sobre a decisão de enviar uma delegação a Doha e exigem atualizações sobre o processo de negociação.
Membro do governo israelense apela por acordoO ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, pressionou abertamente por um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
“Há uma grande maioria, tanto no governo quanto na sociedade, a favor do plano para a libertação dos reféns. Se houver uma oportunidade para alcançar este acordo, ela não deve ser desperdiçada!”, escreveu em sua conta no X (antigo Twitter).
Ao mesmo tempo, apesar da maioria mencionada por Sa’ar, dois dos ministros mais radicais da coalizão se opõem ao plano: Itamar Ben Gvir (Segurança Nacional) e Bezalel Smotrich (Finanças). Segundo a imprensa local, ambos estão empenhados em impedir a aprovação deste acordo.
Embora detenham 13 das 120 cadeiras do Knesset, é importante deixar claro que o Gabinete de Segurança, ao votar o acordo, não precisa da aprovação dos demais parlamentares. No entanto, Smotrich e Ben Gvir podem tentar derrubar o governo ao sair da coalizão.
Diante deste cenário, o líder da oposição, Yair Lapid, voltou a se comprometer a se juntar ao governo, oferecendo uma “rede de sustentação”. Benny Gantz, líder do partido Azul e Branco, também afirmou que “nenhum bloco no mundo será capaz de impedir o retorno dos reféns”.
“Netanyahu, a política pequena não vai ser um obstáculo para decisões históricas. Você tem uma ampla maioria para trazer os reféns de volta entre o povo e o Knesset”, disse em mensagem de vídeo.